A hepatite C é uma doença inflamatória do fígado, via-de-regra
crônica, e que geralmente cursa de forma assintomática. A
regeneração do fígado, que está sendo agredido continuamente pelo
vírus, leva à formação de um tecido endurecido que se insinua
entre as células hepáticas normais (a “fibrose”).
Com o passar dos anos, o grau de fibrose vai aumentando até que,
eventualmente, resulte em cirrose hepática e no quadro clínico
dela decorrente. Esta evolução para cirrose ocorre em cerca de 30%
dos casos.
A hepatite C é causada por um vírus.
O vírus da hepatite C foi identificado em 1989, e a partir de
1991 começaram a estar disponíveis os testes sorológicos
(exames de sangue) para sua detecção.
Estima-se que cerca de 3% da população estejam infectados por
este vírus.
A hepatite C é transmitida através do contato com o sangue de uma pessoa infectada.
Em mães portadoras do vírus, a amamentação não é contraindicada – salvo se houver fissuras nos seios.
Se você recebeu transfusões de sangue ou hemoderivados antes
de 1993, existe a chance de você ter recebido o vírus.
Antes desta época, não havia como triar os doadores com exames
para detecção do vírus da hepatite C. O kit para teste não era
amplamente disponível. Está indicado o teste (anti-VHC) nas
pessoas transfundidas antes de 1993 por este motivo.
Atualmente, o risco de transmissão em uma transfusão é muito
baixo, devido aos testes de triagem realizados como rotina.
A maioria das pessoas com hepatite C não têm quaisquer
sintomas.
Entretanto, algumas pessoas com hepatite C podem apresentar um
quadro gripal ao adquirir o vírus.
Como isto é inespecífico, na grande parte das vezes a infecção
passa despercebida e não é diagnosticada.
Para avaliar a possibilidade de hepatite C, seu médico
solicitará exames de sangue.
Exames de sangue determinarão se você é
portador do vírus da hepatite C. Além disto, podem trazer
informações sobre a função do fígado e o grau de inflamação
vigente.
O médico pode também indicar a avaliação do
grau de fibrose hepática.
A biópsia hepática confirma o diagnóstico e
exclui outros problemas no fígado, além de trazer importantes
dados sobre o grau de atividade da doença e sobre os danos
eventualmente já presentes no fígado.
A elastografia hepática transitória avalia
com precisão semelhante o grau de fibrose hepática, sem
necessidade de invasão.
O objetivo do tratamento da hepatite C é erradicar o vírus do
organismo, curando a infecção.
A Hepatite C é tratada com medicamentos tomados por via oral,
habitualmente por 8 a 12 semanas. Os medicamentos são
fornecidos pelo SUS, possuem baixa incidência de efeitos
colaterais e são muito efetivos, curando a infecção em mais de
95% dos casos.
É importante salientar que o tratamento antiviral efetivo
erradica o vírus do organismo, porém se há dano significativo
ao fígado causado previamente pela doença, este permanece. Ou
seja, uma pessoa diagnosticada no estágio de cirrose hepática
e que tenha realizado o tratamento antiviral com sucesso
permanecerá com cirrose. A chance de sua doença evoluir para
maiores complicações cairá muito com a eliminação do vírus,
porém os cuidados com o fígado e o acompanhamento médico devem
ser mantidos.
Se o quadro apresentado for de cirrose com importantes
alterações da função do fígado, o transplante hepático poderá
estar indicado.
A grande maioria dos portadores não sabem que possuem o vírus
da hepatite C. E a doença costuma ser assintomática.
Assim, é importante que as pessoas que possam ser portadoras
façam o teste, pois o tratamento existe.
O teste está indicado nas pessoas que fazem parte dos seguintes grupos:
Deve-se considerar a conveniência de realizar o teste se a pessoa pertencer a um dos grupos de risco "indefinido":
Ainda não há vacina para o vírus da hepatite C.
Você pode se proteger (e aos outros) da hepatite C ao: