O carcinoma hepatocelular ou hepatocarcinoma (CHC) é a forma mais
comum do câncer de fígado em adultos e constitui 70-85% das
neoplasias hepáticas primárias.
O colangiocarcinoma tem origem nas células epiteliais que revestem
os canais biliares e constituem 10-15% das neoplasias e os
restantes 5% são tumores incomuns, como o angiossarcoma primário
hepático, o hemangioendotelioma epitelioide hepático, o
hemangiopericitoma, ou o linfoma hepático primário.
O hepatocarcinoma é atualmente o quinto câncer mais comum em
homens e o oitavo em mulheres.
Em pessoas que ingerem regularmente quantidades significativas de álcool (não importando se as bebidas são fermentadas ou destiladas), o fígado gorduroso pode se desenvolver. Na ausência de consumo importante de bebidas alcoólicas, os seguintes fatores estão muitas vezes presentes:
A grande maioria dos tumores hepáticos se instala em portadores de cirrose. Como esses tumores não possuem sintomas específicos, geralmente apresentam sintomas relacionados à descompensação da própria cirrose, como aumento do volume abdominal por ascite, dor abdominal, pele amarelada, fraqueza, emagrecimento e confusão mental. É fundamental o acompanhamento regular dos cirróticos para a detecção precoce do câncer hepático.
O carcinoma hepatocelular é um dos poucos tumores que não necessita de biópsia para sua confirmação. O diagnóstico é baseado na presença de nódulo hepático com características específicas em tomografia ou ressonância de abdome associado à elevação da alfafetoproteína no sangue.
O tratamento curativo é a ressecção cirúrgica ou o transplante
de fígado. Ambos os tratamentos relacionam-se a reserva
funcional hepática e ao número de nódulos presentes, seguindo
o chamado Critério de Milão. Pacientes cirróticos com nódulo
único de até 5 cm, ou até três nódulos, sendo o maior de até
3cm, sem invasão macrovascular ou metástases detectáveis,
apresentaram excelente sobrevida após o transplante
hepático.
Outras opções de tratamento para pacientes que não são
candidatos ao tratamento cirúrgico são a ablação por álcool ou
radiofrequência e a quimioembolização intra-arterial do
tumor.
Para doença avançada, sem indicação de tratamento
locorregional, pode-se lançar mão de esquemas quimioterápicos.
Nos últimos anos, especialmente com o avanço da imunoterapia,
temos assistido a uma grande evolução nesta modalidade de
tratamento.
Em caso de dúvidas consulte um hepatologista.